sábado, 11 de dezembro de 2010

Passos...


Descreveu detalhadamente, os passos são incertos e diversos, e com um olhar longe se escondia atrás da fumaça... companheiro, inimigo. A tarde derrama um dourado sobre a mesa.

A dualidade de tudo que via, tornava um cético mas que sentia as luzes..um radical que esperava o perdão. Pensava na lua, e justamente, no lado que não se via, e associando isso a tudo inclusive a si. Poderia mostrar apenas o lado que brilha a todos, mas ele não conseguia se desvencilhar das amarras... Ele não mostrava o outro lado por opção como queria aceitar.. ele está condicionado.

Quando encontrou algo semelhante ao que procurava, tentou conquistar.. Mas a conquista era algo que ele não domava, e o que era simples, foi escorrendo entre seus dedos...seus dedos que tocaram devagar o que passou a desejar...Mas ele não podia expor sua nudez, pois as recordações ainda lhe consomem..

Após isso, muitos outros encontros chegaram, mas jamais tão perto... e o similar passou de uma mera fuga para um grande desejo.. passou de um alento a seu coração para um desejo de seu corpo.. de sua boca.. de sua barba por fazer.

Segue andando.. se entendendo com as feras nos covis, e o silencio que insiste atormentar sua duvida... “haverá tantos eldorados perdidos..” e o que lhe deixa vivo também é o que lhe desperta o furor e após horas de detalhes finalmente solta a voz: Você não se cansa?!

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